Meu processo criativo teve início em 2015, com a morte do meu pai. Comecei uma busca por um sentido na vida e passei um ano procurando o que fazia sentido e o que eu queria expressar com minha arte.

Ao revisitar minha infância, lembrei o quanto os insetos me salvaram, proporcionando momentos de alegria quando eu os colecionava em caixinhas de fósforo. Percebi claramente como um ser tão invisível pode trazer alegria para um ser humano de forma simples e natural. Não tive dúvida de que era assim que eu queria me expressar hoje. Foi com minha arte que consegui transmitir a força que temos, mesmo sendo pequenos e insignificantes aos olhos de muitos.

Na verdade, encontrei nos insetos a forma de traduzir o que sinto em relação à maioria dos inferiorizados e injustiçados. Eles são a maneira pela qual consigo comunicar isso para o mundo de forma grandiosa, utilizando a beleza como escudo. Assim, consigo afirmar que as coisas invisíveis são as mais incríveis que existem no mundo. Minha maior influência é a paixão pela beleza, pelo belo. Sinto-me bem quando vejo algo belo, seja naturalmente belo ou criado. Meu processo criativo e meu método são a forma mais eficaz que encontrei para traduzir essa necessidade de trazer o invisível para o incrível.

Meu público é composto por aqueles que têm algo muito intenso dentro de si, são as pessoas que precisam ver o incrível e mais belo possível. Não existe no mundo algo mais pequeno e gigante ao mesmo tempo.

Declaração do artista